PRAIA MANSA - Continuação
O novo projeto
previa o seguinte: 1. Execução de um muro longitudinal em gabiões (revestimento aderente) com 660m. com a finalidade de proteção e dissipação de energia, favorecendo a deposição de areia. |
2. Execução de dois pequenos espigões em
gabião a 200m. do molhe e distanciados entre si de 50m.
3. Execução de pequena praia artificial entre o molhe e os espigões, com 200m. de comprimento, utilizando areia de jazidas terrestres, num volume de 23.000m³, para teste. |
4. Reparos no molhe de enrocamento, que tinha
sido danificado pelas ressacas. 5. Execução do projeto de drenagem de águas pluviais, arruamento e paisagismo da área. |
Os serviços foram renegociados com a empreiteira, iniciados em agosto de 1979 e concluídos em abril de 1980. Foram gastos US$500.000,00 com as seguintes quantidades: |
- Reforço do molhe (enrocamento)....................................... | 1.000 m³ |
- Gabiões ................................................................................ | 4.420 m³ |
- Regularização de taludes (enrocamento)........................... | 2.310 m³ |
- Geotextil (bidim).................................................................. | 6.700 m² |
- Calçamento de passeios (petit-pavê)................................... | 1.600 m² |
- Calçamento de ruas (blokret)............................................. | 2.900 m² |
- Drenagem de águas pluviais............................................... | 1.400 m |
- Areia..................................................................................... | 23.000 m³ |
Houve
portanto, uma economia, de US$900.000,00, sobre a
solução anterior, o engordamento. Deve-se considerar
ainda que não havia garantia alguma sobre a permanência
da areia dragada. Realmente, a areia colocada na pequena praia artificial, formada pelos 23.000 m³ como teste, foi levada pelo mar em menos de 6 meses. |
A obra ficou em observação por algum tempo, notando-se uma deposição muito rápida de areia no centro da praia e entre os espigões, o que nos levou a decidir a execução de mais sete pequenos espigões com 10 metros de comprimento no centro da praia e também a execução do muro de proteção em gabião no trecho junto ao molhe. |
As
obras foram executadas em dezembro de 1980, com um custo
de US$58.000,00. Em março de 1981 o aspecto da praia era o apresentado na fotografia ao lado. Observou-se uma rápida e acentuada deposição de areia, provando a eficácia do revestimento aderente de gabião como dissipador de energia das ondas combinado com a ação de retenção dos espigões. |
As imagens seguintes foram obtidas em julho e novembro de 1981, respectivamente: |
Os resultados foram tão animadores que decidimos executar quatro espigões sobre os anteriores, intercalados, com 35 metros, e mais dois de 30 metros sobre os espigões próximos ao molhe, local que ainda apresentava pouca deposição de areia. |
Em março de 1982 a situação era a seguinte:
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Até fins de 1987, junto com o eng. Mário Forcadell, acompanhamos a evolução da praia, fazendo a manutenção dos gabiões e intervindo no comprimento dos espigões conforme o comportamento do mar (nossa teoria é trabalhar COM o mar, não CONTRA ele...). |
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À partir de 1988, com a mudança no Governo do Estado, fomos desligados das obras e não houve mais qualquer serviço de manutenção nem conservação. Pelo contrário, funcionários da Prefeitura Municipal de Matinhos ao executar a limpeza da praia retiram as plantas que crescem nos gabiões e ajudam a consolidá-los com suas raízes, e muitas vezes queimam-nas sobre as telas destruindo a proteção plástica do revestimento. |
Apesar de tudo, em outubro de 1996 e em agosto de 1999 a situação da praia era a seguinte, respectivamente:
Em fevereiro de 2004 a situação era esta:
Para que houvesse maior estabilização da praia, outras obras deveriam e devem ser executadas.
Porém...
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